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Logística Reversa: O que é, pensamos em que.

Quando falamos em logística imaginamos um fluxo de produtos, desde o momento em que é gerada a necessidade de atendimento de um produto até sua entrega ao cliente que estará aguardando a sua chegada. Mas é importante ressaltar que existe um fluxo reverso, do ponto de consumo até o ponto onde este produto teve seu início de produção. Este fluxo reverso precisa ser gerenciado para obtenção de ganhos expressivos nos negócios.

Ainda falamos poucos sobre logística reversa, porém este assunto está se tornando cada vez mais comum em boa parte das empresas. Podemos usar como exemplo as empresas de gás de cozinha, que necessitam do botijão vazio para fazer o reabastecimento. Os clientes que necessitam comprar um novo botijão abastecido tem que entregar o vazio, pagando somente o valor do gás. Nas grandes cidades as empresas que vendem água em galões de 20 litros adotam o mesmo critério.

Ouvimos muito nos dias de hoje a palavra reciclagem, o Brasil é o segundo maior em reciclagem de latas de alumínio. É notável no seu grande aproveitamento de matéria-prima reciclada, tendo desenvolvido meios inovadores na coleta de latas descartadas. Com o índice de 96,2% na reciclagem de latas de alumínio para bebidas em 2005, o país se manteve pelo quinto ano consecutivo na liderança do ranking mundial dessa atividade. Segundo dados divulgados pela Abralatas e pela ABAL ( Associação Brasileira do Alumínio ), o Brasil atingiu a marca de 127,6 mil toneladas de latas de alumínio recicladas em 2005. São aproximadamente 9,4 bilhões de latas no ano ou 2,6 milhões de latas recicladas diariamente. Este número expressivo é proveniente da necessidade que muitas pessoas tem, fazendo da reciclagem uma fonte de renda familiar.

Para Stock 1998 “Logística reversa se refere ao papel da logística no retorno de produtos, redução da fonte, reciclagem, substituição de materiais, reuso de materiais, disposição dos resíduos, disposição de resíduos, reforma, reparação e remanufatura…”

Na da indústria onde o processo de gerenciamento da logística reversa é mais recente, destacamos as indústrias de eletrônicos, cosméticos, varejo e automobilística, que conseguem ganhos expressivos evitando desperdícios. Estes setores também têm que lidar com o fluxo de retorno de embalagens e produtos, de devoluções de clientes ou do reaproveitamento de materiais para produção.

Com a preocupação em preservar o meio ambiente, existe uma clara tendência de que a legislação ambiental caminhe no sentido de tornar as empresas cada vez mais responsáveis pelo ciclo de vida de seus produtos. Isto significa ser legalmente responsável pelo seu destino após a entrega dos produtos aos clientes e do impacto que estes produzem no meio ambiente.

Os fornecedores acreditam que os clientes valorizam as empresas que possuem políticas mais liberais de retorno de produtos. Esta é uma vantagem percebida onde os fornecedores ou varejistas assumem os riscos pela existência de produtos danificados. Isto envolve, é claro, uma estrutura para recebimento, classificação e expedição de produtos retornados.

Além disto, os esforços em desenvolvimento e melhorias nos processos de logística reversa podem produzir também retornos consideráveis, que justificam os investimentos realizados.

Por traz do conceito de logística reversa está um conceito mais amplo que é o do “ciclo de vida”. A vida de um produto, do ponto de vista logístico, não termina com sua entrega ao cliente. Produtos se tornam obsoletos, danificados, ou não funcionam e deve retornar ao seu ponto de origem para serem adequadamente descartados, reparados ou reaproveitados.

Do ponto de vista financeiro, fica evidente que além dos custos de compra de matéria-prima, de produção, de armazenagem e estocagem, o ciclo de vida de um produto inclui também outros custos que estão relacionados a todo o gerenciamento do seu fluxo reverso. Do ponto de vista ambiental, esta é uma forma de avaliar qual o impacto que um produto sobre o meio ambiente durante toda a sua vida. Esta abordagem sistêmica é fundamental para planejar a utilização dos recursos logísticos de forma contemplar todas as etapas do ciclo de vida dos produtos.

Por:

Ewerton Ribeiro de Jesus, aluno do curso Sup. Téc. Logística 2º Semestre. UMC
Thalison Zaghi Chagas, aluno do curso Sup. Téc. Logística 2º Semestre. UMC
José Valdinar Bezerra, aluno do curso Sup. Téc. Logística 2º Semestre. UMC

Fonte: Administradores.com

Estudo traça viabilidade econômica da logística reversa no descarte de medicamentos

São Paulo – Os resultados parciais do estudo de viabilidade técnica e econômica para a implementação da logística reversa de medicamentos (devolução dos restos de remédios em pontos de coleta para a destinação apropriada), elaborado pelo Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), foram apresentados hoje (22) na capital paulista.

Os dados mostrados durante o seminário “Resíduos de Medicamentos: oportunidades e parceiras”, promovido pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (Abdi), em parceira com a Agência Nacional de Vigilância Santiária (Anvisa), apontam soluções para problemas sociais e ambientais ocasionados pelo descarte incorreto de medicamentos vencidos ou não utilizados.

Segundo Célio Hiratuka, professor da Unicamp responsável pela pesquisa, esses resíduos, quando oriundos de domicílios, são habitualmente despejados na rede de esgoto e no lixo comum. “ Isso causa envenenamento acidental de crianças e adultos, abuso intencional [do uso dos remédios] e contaminação da água”, disse.

A logística reversa, já prevista no Decreto nº 7.404/2010, é uma forma de viabilizar a destinação mais correta aos remédios. O programa sugerido pela Unicamp incluiria a criação de uma entidade gestora nacional, sem fins lucrativos, com o papel de repassar recursos e realizar campanhas publicitárias. A execução do programa, que depende de um conhecimento maior das especificidades regionais brasileiras, ficaria a cargo de operadores regionais.

Segundo Hiratuka, o financiamento desse programa seria feito pela indústria farmacêutica, formada por fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes. A entrega dos restos de medicamentos ocorreria nas farmácias, que funcionariam como pontos de coleta. De lá, os resíduos seguiriam para uma destinação ainda não definida. “Existem três alternativas: a incineração, o aterro industrial e o coprocessamento”, informou o professor.

De acordo com as projeções do estudo, o Brasil precisaria coletar 12,6 mil toneladas de resíduos ao ano, em 42,1 mil farmácias espalhadas pelo país. O programa teria uma estratégia de implementação progressiva, priorizando inicialmente as 285 cidades brasileiras com mais de 100 mil habitantes. Elas representam 52% dos municípios brasileiros e somam 6,7 mil toneladas de medicamentos descartados ao ano. Pela meta da implementação progressiva, as cidades com mais de 100 mil habitantes precisariam chegar a 100% de coleta até 2017.

Hiratuka explicou que os parâmetros foram baseados em experiências internacionais, como da União Europeia, que tem esse sistema desde 2004. Outros países encontraram alternativas diferentes no recolhimento dos restos de remédios, como o envio dos resíduos por correio ou o recolhimento em datas regulares. Porém, na opinião do professor, é preciso que, no Brasil, seja estabelecido um marco regulatório e institucional para a logística reversa de remédios. “O objetivo [do estudo] é balizar a discussão do acordo setorial”, disse Hiratuka.

De acordo com Silvano Silvério da Costa, secretário de Ambiente Urbano da Secretaria de Recursos Hídricos do Ministério do Meio Ambiente, o acordo setorial, que faz parte da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) deverá ser assinado no próximo ano. “A logística reversa deve ser implementada até o final de 2013”, declarou. Ele disse que aprova a proposta apresentada hoje durante o seminário para estabelecer os parâmetros da logística reversa. “Achei adequada para o país e coerente”, definiu o secretário.

Fonte: correiodobrasil.com.br

O que fazer com o nosso lixo eletrônico

O Brasil é o país emergente que mais gera lixo eletrônico por pessoa. E ainda estamos longe de saber lidar com o problema

Luciani Gomes

 

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Nunca os brasileiros renovaram com tanta rapidez os modelos de seus televisores, computadores, aparelhos de som e outros eletrônicos. Como consequência, surge um problema: ao adquirir um novo, o que fazer com o antigo? Quem não joga direto no lixo geralmente entrega para algum catador. Livra-se do problema doméstico, mas cria um ainda maior para o meio ambiente, já que esses produtos contêm uma série de metais e componentes químicos tóxicos. Enquanto o consumo aumenta, impulsionado pelo crescimento econômico, as políticas públicas para o descarte desse tipo de lixo não evoluem na mesma intensidade. Segundo um relatório da ONU, o Brasil é o país emergente que mais gera lixo eletrônico de computador por pessoa. “É preciso um trabalho de conscientização, além de um programa de metas e de multas para quem não cumpri-las”, defende Ronylson Freitas , 30 anos, diretor da empresa Reciclo Ambiental e da recente Associação Brasileira das Empresas de Reciclagem de Eletroeletrônicos. Enquanto isso não acontece, o problema só vem aumentando.

Existem hoje no Brasil cerca de 15 empresas de reciclagem de lixo eletrônico com licenciamento ambiental que dão a destinação correta aos materiais. Localizadas principalmente no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e em São Paulo, essas unidades são as responsáveis por fazer a coleta e a separação dos materiais e pelo envio para a reciclagem. Engenheiro ambiental da empresa gaúcha GR2 Gestão de Resíduos, localizada em Santa Maria, Gilson Pioverzan Júnior, 35 anos, diz que a quantidade de material reciclada é muito pequena se comparada com a que se produz, embora o interesse seja crescente – impulsionado pela criação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). “O serviço ainda não é economicamente atrativo para as empresas”, afirma. A Reciclo Ambiental, por exemplo, trabalha utilizando somente 10% de sua capacidade instalada, que é de 150 toneladas por mês.

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CONSCIÊNCIA
Para Freitas, da associação de empresas do ramo, falta informação à população em geral

Também ainda são poucos os municípios que compraram a ideia. Pompeia, em São Paulo, é um deles. Há dois anos a prefeitura decidiu educar a população e oferecer solução ao problema. Foi feita campanha em outdoor, rádio, jornal e folhetos, além de palestras nas escolas. Lojas de eletrônicos viraram postos de coleta e a cidade já ofereceu destinação correta a 15 toneladas de eletrônicos. “Temos de cuidar bem do lugar em que vivemos. Ou então vamos tomar sopa de metal no futuro”, afirma Jomar Stradelli, 55 anos, secretário de Meio Ambiente. O município, no entanto, ainda é exceção. Iniciativas mais comuns no País são os grandes mutirões periódicos. Para Gustavo Fonseca, 24 anos, diretor da empresa americana de soluções para reciclagem TerraCycle, o problema está aí: a população ainda não sabe para onde levar esses produtos. “Nos EUA, por exemplo, existe uma indústria parecida com a das latinhas de alumínio para o lixo eletrônico. O Brasil não tem essa cadeia formada, a sociedade tem que ir atrás”, diz. As empresas têm até 2014 para se adaptar à PNRS, mas quem quiser se antecipar deve pesquisar as alternativas disponíveis em cada cidade. Eletrônico inútil é lixo perigoso e tem que ser tratado como tal.

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Fonte: http://www.istoe.com.br

Indústria propõe reciclagem total de vidros no Brasil

A indústria de vidro negocia um acordo que poderá fazer do Brasil uma potência verde, capaz de reciclar de 95% a 100% das embalagens de vidro consumidas no país, acima das médias europeia e americana, de 62% e 28%.

Hoje, o país recicla 47% dessas embalagens, segundo a Abividro (Associação Brasileira da Indústria do Vidro).

Quinto maior mercado consumidor na próxima década, o Brasil tem história e know-how na reciclagem.

Só em catadores, são entre 800 mil e 1 milhão de profissionais, além de uma indústria ainda informal com 40 mil coletoras organizadas de sucata e 700 cooperativas.

Eduardo Knapp/Folhapress
Vidros reciclados que serão moídos para serem misturados a outros componentes, e tornar a ser vidro novamente
Vidros reciclados que serão moídos para serem misturados a outros componentes, e tornar a ser vidro

Para viabilizar essa ambição, indústrias como a Veral- lia, do grupo francês Saint Gobain, se propõem a comprar todo o caco brasileiro.

“Temos como reciclar todo o vidro brasileiro. O Brasil é um dos países de maior potencial no vidro “verde”, que é o futuro das embalagens”, diz Jérôme Fessard, presidente mundial da Verallia.

As duas exigências são que o caco tenha volume suficiente para operacionalizar o processo e que o preço desse dejeto seja o mesmo do que pagariam pela matéria-prima virgem; do contrário, teriam de repassar os custos.

Segundo Lucien Belmonte, superintendente da Abividro, o setor foi o primeiro a apresentar um projeto ao governo após a sanção do marco regulatório dos resíduos sólidos, no final de 2010.

No Brasil, as metas são ambiciosas: extinguir os lixões, universalizar a coleta seletiva até 2015 (só 443 de 5.560 cidades têm coleta seletiva) e reciclar 40% do lixo seco até 2031 (hoje, menos de 15% são reciclados).

RESISTÊNCIAS

O problema é fazer o custo da reciclagem caber nesse orçamento sem que ninguém tenha de absorver aumento de preço. Todos os 31 países que prosperaram na reciclagem tiveram custos maiores.

A maior resistência é das envasadoras. Empresas como Nestlé, Unilever, P&G, Coca-Cola e AmBev resistem em pagar suas partes, como fazem nos EUA e na Europa.

Para “reciclar” uma tonelada de caco, a indústria paga hoje R$ 260 –R$ 120 aos catadores, R$ 40 aos beneficiadores (limpeza), R$ 80 ao frete (depende do local), R$ 10 vão para campanhas de educação e R$ 10 para custos administrativos dos gestores dessa logística.

Se processar matéria-prima virgem, o custo fica em R$ 220 (Ç100). É esse o valor que a indústria se dispõe a pagar. Na Europa, o caco sai entre Ç60 e Ç70 a tonelada.

Para fechar a conta, a proposta é que os R$ 40 restantes fiquem para os envasadores e para o governo, sob forma de incentivo fiscal.

“Esse modelo não é só para o vidro; vale para todas as embalagens. O trabalho dos catadores é o mesmo”, disse André Vilhena, diretor do Cempre (Compromisso Empresarial com a Reciclagem).

Fontehttp://www1.folha.uol.com.br/mercado/909693-industria-propoe-reciclagem-total-de-vidros-no-brasil.shtml

55,8% do PET é reciclado no Brasil, diz Censo

No ano passado, foram recicladas 262 mil toneladas de PET, segundo dados do 7º Censo da Reciclagem do PET no Brasil, divulgado hoje pela Abipet – Associação Brasileira da Indústria do PET*. Esse número corresponde a 7,6% a mais do que o ano anterior e cobre 55,8% das unidades consumidas no país. Os resultados, entretanto, devem ser vistos com cautela, segundo análise da própria instituição.

O gargalo a ser superado, nos próximos anos, diz respeito à indisponibilidade de mão-de-obra suficiente, à urgente implantação da coleta seletiva em todo o país e à disseminação da cultura da separação das embalagens na sociedade. A universalização é determinada pela PNRS – Política Nacional de Resíduos Sólidos até agosto de 2014. Hoje, apenas 17,8% dos municípios fazem coleta, de acordo com a PNSB – Pesquisa Nacional de Saneamento Básico 2008-2010, do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

O levantamento foi realizado com 409 empresas do setor, sendo a maior parte dos estados de:- São Paulo (178), – Santa Catarina (45), – Rio Grande do Sul (39) e – Rio de Janeiro (32). Segundo as organizações, o material reciclado é adquirido principalmente de catadores, que representam 47% do total dos fornecedores. A maior parte se transforma em produtos têxteis (38%); 19% em resinas insaturadas e alquídicas destinadas à base de tintas e para construção civil (revestimento de piscinas e banheiras, entre outras) e 17% em embalagens.

Auri Marçon, presidente da Abipet, afirmou que uma das iniciativas da entidade é a do LevPET*, em vigor desde novembro passado. O projeto resultou em um levantamento de uma lista de locais onde as pessoas podem entregar PETs no país. São cooperativas, PEVs – Pontos de Entrega Voluntária e postos de coleta em ONGs – Organizações Não-Governamentais.

Os dados são georreferenciados com o apoio da ferramenta do Google Maps. “Atualmente são mais de 2 mil pontos e funcionam como um alerta à sociedade, para poder participar”. As informações são registradas no site do programa.

Fonte: http://planetasustentavel.abril.com.br

Logística reversa: regras vão definir descarte e reciclagem

O Ministério do Meio Ambiente e representantes do setor empresarial e da sociedade civil retomaram  dia 05/05/2011, o debate a respeito das regras que deverão nortear o descarte e a reutilização de resíduos industriais. Inicialmente, serão definidas normas para coleta, separação e reaproveitamento ou destinação adequada de cinco grupos de produtos: eletroeletrônicos, remédios, lâmpadas fluorescentes, embalagens em geral e recipientes e sobras de óleo lubrificantes.

A expectativa do ministério é que as regras para o descarte desses materiais esteja em vigor já no segundo semestre de 2012. A partir daí, o cidadão terá informações claras sobre como e onde depositar os resíduo e os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes terão que observar normais mais rígidas de destinação adequada do lixo industrial.

Segundo o diretor de Resíduos Sólidos do Ministério do Meio Ambiente, Silvano Silvério da Costa, além de contribuir para a preservação ambiental, a implementação das novas regras vai impulsionar a reciclagem no país, gerando novas oportunidades de desenvolvimento econômico e social. “Hoje, o país recicla cerca de 13% dos resíduos, quando poderia reciclar 30%. Um estudo do ministério mostra que o país, anualmente, deixa de economizar R$ 8 bilhões por não aproveitar todo o potencial de reciclagem das cadeias de vidro, plástico, papel, metais e alumínio”, disse Costa à Agência Brasil.

Entre os especialistas, o recolhimento e o tratamento apropriados dos produtos já consumidos ou dos resíduos decorrentes de seu uso são chamados de logística reversa, importante instrumento da Política Nacional de Resíduos Sólidos, aprovada pelo Congresso Nacional no ano passado e que, entre outros aspectos, unifica as leis existentes sobre destinação do lixo.

Apesar de pouco conhecido da população em geral, o conceito de logística reversa já é uma prática bem-sucedida em vários setores. Caso, por exemplo, de acordo com o próprio ministério, das embalagens vazias de agrotóxicos. Segundo o Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inPEV), mais de 8 mil toneladas de embalagens vazias de defensivos agrícolas foram entregues para o descarte ambientalmente correto nos três primeiros meses deste ano, resultado 17% melhor que o do mesmo período do ano passado.

De acordo com Costa, as novas regras serão discutidas pelos integrantes dos cinco grupos de trabalho compostos por representantes do setor produtivo e da sociedade civil. Na primeira etapa, os grupos de trabalho definirão o modelo, determinando, por exemplo, como o processo será custeado. Depois, será feito um estudo de viabilidade técnica e econômica para as cadeias e definidos eventuais subsídios para a convocação, pelo governo, de um acordo setorial.

Segundo Costa, os acordos terão o valor de um contrato firmado pelo Poder Público com toda a cadeia de um dos cinco setores. “Há ainda a possibilidade de o governo editar, se julgar pertinente, decretos que regulamentem a atividade”.

Fonte: Agência Brasil

Comitê tem quatro meses para definir critérios da logística reversa para o lixo eletrônico

Nos próximos quatro meses, o Comitê Orientador da Logística Reversa, empossado no último dia (17/2, vai definir os critérios de viabilidade técnica e econômica da logística reversa. Vai também deliberar sobre a realização de uma consulta pública sobre a proposta de implementação desses sistemas.

Na opinião da ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, o comitê é o instrumento mais importante e estratégico para fazer valer a implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) aprovada em 2010. Segundo ela, é o órgão que definirá, de fato, como se dará a logística reversa em nosso País.”Estamos começando a resolver o maior problema ambiental do País que é o lixo”, disse.

A lei determina que as empresas são responsáveis pelos resíduos que gera. Mas a ministra, que também preside do Comitê, entende que a questão dos resíduos sólidos não depende só do setor produtivo. Envolve o Governo e a sociedade e pressupõe mudança de comportamento. “Temos de investigar quais são os requisitos para que a lei seja de fato operacional. Já temos, por exemplo, empresas recolhendo voluntariamente o lixo eletroeletrônico, mas isso ainda não acontece em todo País”, disse.

Além do MMA, o Comitê Orientador é composto pelos ministros da Saúde; do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa); e da Fazenda.

De acordo com a regulamentação da PNRS, a logística reversa tem por objetivo a implementação da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos. A lei estabelece a obrigatoriedade de estruturação e implementação de sistema para as cadeias produtivas de agrotóxicos (seus resíduos e embalagem); pilhas e baterias; pneus; óleos lubrificantes (seus resíduos e embalagens); lâmpadas fluorescentes (de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista); e produtos eletroeletrônicos e seus componentes.

Descarte adequado

A ministra lembrou que uma pesquisa realizada no Brasil mostrou que 17% da população brasileira ainda guarda lixo eletroeletrônico em casa. Izabella disse não ser mais aceitável que em nossas cidades e também no campo ainda seja feito o descarte inadequado de embalagens de agrotóxicos. “Estamos evoluindo. Isso é sustentabilidade no dia-a-dia. Isso é mudança de comportamento”.

Os sistemas de logística reversa serão implementados por meio de acordos setoriais, regulamentos expedidos pelo Poder Público ou Termos de Compromisso. Comitê Orientador será assessorado por grupo técnico.

Fonte: idgnow.uol.com.br

 

Logística Reversa é a “bola da vez”

Cada vez mais, a logística, como um todo, é peça fundamental em todas as etapas de um negócio – seja ele público ou privado. Se uma organização não a levar em conta, certamente perderá mercado. Na maioria das vezes, diferenças pequenas de valores aliadas a prazos de recebimento um pouco mais reduzidos fazem a grande diferença na forte concorrência. E sem o cálculo logístico não há como conseguir tais vantagens competitivas.

 

Em decorrência da relevância crescente da logística, surge um tema cada vez mais importante e, até, imprescindível, que é a logística reversa. Ela também deve ser dimensionada desde a concepção do projeto pois influencia significativamente toda a cadeia econômica.

 

Em linhas gerais e de forma simplista, a logística reversa diz respeito a devolução de mercadorias. Ou seja, quando elas retornam do cliente final ao distribuidor ou indústria. Fundamentalmente, ela é aplicada em dois casos:

 

– Produtos novos que não vieram de acordo com as especificações do cliente ou, até, que não caíram no seu gosto e, portanto, devem ser trocados ou devolvidos;

 

– Mercadorias que já esgotaram a sua vida útil e precisam de uma destinação segura, correta e de forma sustentável.

 

Apesar do tema ser atual, é importante lembrarmos de quando, antes da embalagem descartável, trazíamos aos supermercados os vasilhames de vidro de bebidas para serem recicladas. Isto era logística reversa. Apesar de ser aplicada naquela época, seus conceitos, somente há pouco tempo, ganharam força.

 

Atualmente, com a forte preocupação que todos temos para a preservação de nosso planeta, a questão da reciclagem é vital. E ela faz parte do item 2 citado acima. Ou seja, os produtos que já estão obsoletos, sem condição de uso, devem ser transformados para que não precisemos utilizar recursos da natureza e, consequentemente, deixar o nosso planeta sustentável.

 

Nos EUA, por exemplo, de acordo com o Reverse Logistics Association, são gastos mais de US$ 750,00 bilhões com a logística reversa. Porém, estes números não devem ser analisados como gastos e sim como investimentos, já que a economia gerada pela prática desta modalidade logística é muito grande – tanto em termos financeiros como em qualidade de vida.

 

Muitas empresas ainda não se atentaram a este crucial ponto. As que se preocupam lucram em vários setores: valorização da reputação e imagem, fidelização da clientela, auto-sustentabilidade, economia e descoberta de novos nichos de mercado, entre outros fatores de relevo.

 

A bem humorada expressão que relaciona lixo e luxo está cada vez mais correta. O lixo, com a reciclagem, pode transformar-se em produtos interessantes e rentáveis, sem esgotar os recursos naturais. Baterias de telefones celulares e pilhas, por exemplo, hoje, quando reciclados, podem se converter, entre outros, em tinta para pintura.

 

Muitas empresas, conscientes da fundamental importância da logística reversa, diminuíram o tamanho das embalagens de seus produtos – com o mesmo conteúdo – para, além de utilizar a logística de entrega com menor custo, poder, no caso da utilização da logística reversa, reduzir despesa e gerar menos lixo.

 

A logística reversa de embalagens deve ser destacada por sua importância. Com o atendimento a rincões cada vez mais distantes, os custos de transporte podem sofrer aumento pelo fato de os veículos retornarem com as embalagens vazias. Além disso, o transporte do que até então era considerado lixo é um custo considerável enquanto este mesmo material pode gerar lucro ao se transformar em matéria-prima. Para que isto não ocorra, algumas medidas são essenciais. Por exemplo:

 

– utilização de materiais recicláveis;

– reutilização de embalagens;

– adoção de sistemas de recuperação;

– redução de resíduos na origem;

– reciclagem.

 

Em relação à reciclagem de embalagens, empresas atentas à gestão ambiental e incentivadas pelas normas da ISO 14.000 começaram a reciclar caixas de papelão, garrafas plásticas e latas de alumínio, entre outros itens, que agora não são mais tratados como lixo e sim como matéria-prima. Além disso, o departamento de design de embalagens entra em ação para que possa redesenhá-las, diminuindo-as (porém mantendo a capacidade de acomodar o mesmo conteúdo) e aumentando o espaço para transportar quantidade maior de mercadorias, além de serem mais atrativas ao cliente. Estes pontos são fundamentais para todo o processo de logística, logística reversa e de conquista de mercado, através de preço, respeito a prazos e qualidade.

 

Devemos chamar atenção também para que a logística reversa seja previamente delineada desde a concepção do produto. Se isto não ocorrer, em vez de ser um facilitador, ela poderá ser um transtorno – única e exclusivamente pela falta de planejamento. Como consequência desta falha, poderemos ter, entre outros: duplicidade em armazenagem, separação, conferência e distribuição.

 

Outra analogia à qual podemos nos basear é na questão da energia. Sabemos que ela se transforma continuamente: uma hora é térmica; outra, potencial; passando por elétrica, cinética, entre outras. Claro, há pequena dissipação, mas ela se transforma. Por que então não utilizamos este precioso conceito para, cada um de nós, termos em mente que os materiais podem ser transformados para o nosso bem e de nossas futuras gerações, assim como a energia?

 

No Brasil, infelizmente, não existe ainda legislação inerente à questão, pois não é encarado por boa parte das empresas como um “processo fundamental”. Algumas resoluções obrigam, por exemplo, fabricantes e importadores de pneus a darem destinação final a seus produtos que não servem mais. Não obstante, a conscientização está crescendo muito tanto no mercado corporativo, em todos os níveis de governo e junto à sociedade.

 

Na prática, a partir do momento em que qualquer empresa recebe um produto de volta, está praticando a logística reversa. Porém, ao não dar importância, ao não ter um departamento específico para tal, perde, e muito, tanto financeiramente, como em imagem. É imprescindível que haja uma mais abrangente conscientização junto à cadeia produtiva e população. E de forma urgente!

 

Portanto, a dica é: fiquem atentos à questão pois a logística reversa é a “bola da vez” já que faz, realmente, a (boa) diferença.

Rodrigo Otaviano Vilaça – é presidente da Associação Brasileira de Logística – ASLOG

Fonte: www.administradores.com.br

 

Reciclagem pode gerar R$ 8 bilhões em ganhos econômicos e ambientais

Estimativas de coleta e destinação de resíduos sólidos urbanos no Brasil indicam que o País jogou no lixo em 2009 o equivalente a R$ 8 bilhões em materiais recicláveis. A estimativa leva em conta que apenas 13% de todo o lixo produzido no País – aproximadamente 56 milhões de toneladas por ano – é separado por coleta seletiva e consegue retornar para o sistema produtivo na forma de matéria-prima reutilizável. Os números fazem parte de um levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisas Econômica Aplicada (Ipea), que avaliou os principais benefícios econômicos e ambientais da reciclagem.

“Os resíduos sólidos não são mais vistos como lixo. Hoje, esses resíduos são um negócio com enorme potencial econômico e de inserção social”, afirma o diretor de Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente, Sérgio Antônio Gonçalves. O segmento já sinaliza para a criação de uma nova cadeia de produção, principalmente com a presença de pequenas empresas e de microindústrias de reciclagem.

A percepção de que uma mudança de atitude em relação ao lixo poderia render benefícios já existe no País há pelo menos 19 anos, quando começou a tramitar no Congresso o projeto de uma nova Política Nacional de Resíduos Sólidos. Resultado de uma compilação de mais de 140 projetos, a proposta foi finalmente aprovada em março pela Câmara e em julho pelo Senado, vindo a ser sancionada em agosto deste ano na forma da Lei 12.305/10.

A grande conquista foi convencer a indústria e a maioria dos empresários a assumir o compromisso de não somente produzir, mas passar também a se preocupar com o pós-consumo. O recém-aprovado ordenamento jurídico brasileiro impõe obrigações a governos, empresários e cidadãos e abre caminho para a prática da retroalimentação do setor produtivo brasileiro.

Pelo conceito de logística reversa, mecanismo instituído na Lei, fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes estão obrigados por lei a estruturar e pôr em prática sistemas que permitam o retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, independentemente dos serviços públicos de limpeza. No caso da ecoeficiência, esses mesmo agentes passam a ter o compromisso de fornecer bens e serviços de qualidade tomando o cuidado de utilizar o mínimo de recursos naturais.

“A lei trouxe inúmero avanços que viabilizam a promoção do desenvolvimento econômico a partir do setor de resíduos sólidos”, afirma o diretor-presidente da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), Carlos Silva. “É certo que o consumidor vai fazer o primeiro juízo de valor e decidir se a embalagem pode ser reciclada ou não. Mas o setor produtivo vai ter que dispor de sistemas de cooperação com o Poder Público para viabilizar todo esse processo”, analisa.

Fonte: Agência Câmara

Estação de reciclagem vira atração em eventos

Sabe aquelas situações em que algo ou alguém surpreende, chamando a atenção de todo mundo e, então, a famosa frase acontece: “Nossa, fulano roubou a cena!”.

Pois é, essa é mais ou menos a sensação que toma a equipe da Recicleiros, empresa social que atua no desenvolvimento de projetos sócio-ambientais, durante os eventos em que eles executam operações de reciclagem do lixo.

“Já trabalhamos em eventos que tinham mais gente dentro das estações de reciclagem do que do lado de fora, curtindo as atrações”, disse Erich Burger, fundador da Recicleiros. Hum… Vamos entender isso melhor?

A gestão de resíduos que a Recicleiros faz, nos eventos em que é contratada, começa com a montagem de uma estrutura para descarte do lixo, com lixeiras apropriadas que possibilitam a continuidade do trabalho. Depois vem a coleta desse material, que é lavado à estação de reciclagem localizada dentro do próprio evento.

A separação desse lixo, a compactação dele nas prensas, tudo isso acontece durante a realização do próprio evento e, mais que isso, totalmente aberto ao público! Entendeu o porquê de tanto sucesso?

“É impressionante como as pessoas se envolvem. Eles perguntam, questionam, é uma ação que gera muita curiosidade”, disse Erich. A importância desse trabalho está, essencialmente, na redução do impacto ambiental que os resíduos gerados pelo evento causam. “Esse é o principal ganho quando se faz esta gestão de resíduos”, concluiu.

Tâmo junto!

Outro benefício que a gestão de resíduos traz é a inclusão social que, mais que incluir, potencializa a conscientização das pessoas sobre a importância da sustentabilidade na prática. “A gente tem a preocupação de trabalharmos sempre mão-de-obra da própria comunidade. Quando fizemos o Mundial de Volei de Praia em Brasília, por exemplo, contratamos uma cooperativa de lá, com gente da própria região trabalhando nisso”, disse Erich Burguer.

Isso de fato conscientiza porque as pessoas percebem que a transformação do lixo pode ser revertida em grana para elas mesmas, despertando uma consciência que antes elas não tinham. “As pessoas passam a olhar diferente para aquele lixo nas encostas dos morros, nas praias, e isso é muito legal”, explicou Erich.

Fonte: Start With Us (SWU Festival)