CMA pode votar exigência de logística reversa para baterias automotivas e medicamentos

Fabricantes, importadores e comerciantes de medicamentos e de baterias automotivas compostas por chumbo e ácido sulfúrico poderão ser obrigados a implantar sistemas de logística reversa. Duas propostas prevendo que esses produtos sejam recolhidos após o uso e reutilizados ou descartados corretamente estão na agenda de terça-feira (15) da Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA).

O primeiro texto em exame é o substitutivo do senador Luiz Henrique (PMDB-SC) ao PLS 537/2011, de Eduardo Amorim (PSC-SE). O autor propõe tratar do descarte de baterias industriais que contêm chumbo e ácido sulfúrico em lei específica, mas o relator optou por incluir esses produtos entre os itens sujeitos à logística reversa previstos na Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010).

De acordo com a lei, fabricantes, importadores e comerciantes dos produtos especificados são obrigados a manter postos para devolução, pelos consumidores, dos produtos utilizados e a destinar tais materiais para reciclagem ou descarte adequado.

A legislação já prevê logística reversa para pilhas, baterias, pneus, óleos lubrificantes, lâmpadas e eletroeletrônicos. Ao incluir nessa lista baterias automotivas e industriais compostas por chumbo e o ácido sulfúrico, o autor quer evitar que esses produtos sejam descartados de forma inadequada e se tornem resíduos perigosos.

Medicamentos

Na mesma reunião, a CMA vota projeto que obriga a indústria farmacêutica a manter sistema de logística reversa de medicamentos de uso humano ou veterinário vencidos, deteriorados ou parcialmente utilizados (PLS 148/2011).

O autor do projeto, senador Cyro Miranda (PSDB-GO), considera a medida necessária para evitar que a população jogue na rede de esgoto ou no lixo residencial remédios vencidos ou que não mais utilize.

O relator, Cícero Lucena (PSDB-PB), apresentou emenda para ampliar o alcance da medida, determinando que caberá à indústria farmacêutica arcar com os custos de recolha e tratamento adequado do descarte de remédio entregue pelo consumidor nos postos de coleta mantidos nas farmácias e nos locais de venda de medicamento veterinário.

As duas proposições serão votadas em decisão terminativa na CMA e poderão seguir direto para a Câmara dos Deputados, caso não haja recurso para que sejam votadas no Plenário do Senado.

Fonte: Agência Senado

Governo aprova propostas de dois acordos setoriais de logística reversa

Aprovados após extensas negociações com representantes setoriais, acordos de embalagens em geral e de lâmpadas passarão por consultas públicas.
 
O Comitê Orientador para a Implantação da Logística Reversa (Cori) aprovou, na última terça-feira (1º/7), duas propostas de acordos setoriais: sobre embalagens em geral e sobre lâmpadas. Os acordos preveem responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos e propicia que esses materiais, depois de usados, possam ser reaproveitados. As propostas passarão por consultas públicas.
 
O Cori é composto por representantes dos ministérios do Meio Ambiente, da Saúde, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e da Fazenda. Seu objetivo é definir as regras para a implantação da logística reversa, que garantirá retorno dos resíduos (aquilo que tem valor econômico e pode ser reciclado ou reutilizado) à indústria, para reaproveitamento, em seu próprio ciclo produtivo ou em outros.
 
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, abriu a reunião traçando um panorama sobre este momento da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que tem como um dos seus instrumentos o sistema de logística reversa. “Temos um desafio, enquanto governo, no desenvolvimento dessa pauta”, afirmou.
 
Os acordos foram aprovados após extensas negociações com representantes dos setores de embalagens e lâmpadas, desde a elaboração do edital em 2012.
 
Avanço
 
No caso de lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista, as duas propostas inicialmente apresentadas foram unificadas e adequadas aos termos do edital. No acordo setorial das embalagens em geral (vale lembrar que, para as embalagens de agrotóxicos e óleos lubrificantes, já existem acordos específicos), foi aprovada a proposta da Coalizão, que conta com 20 entidades representativas de comerciantes e fabricantes, além da participação dos catadores de material reciclável. As outras duas propostas seguem em negociação, com o objetivo de também se transformarem em acordo de embalagens.
 
A reunião debateu ainda outros itens da logística reversa, como a instalação de locais de entrega voluntária de resíduos. “É importante dar ao consumidor condições de ele fazer a entrega do material para a logística reversa e dar aos comerciantes uma condição simplificada para entrega, sem que isso envolva violação das regras ambientais”, explicou o secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente, Ney Maranhão. Ficou acertado que será definida uma padronização mínima de procedimentos de entrega, manuseio, armazenamento e transporte dos resíduos.
 
Os acordos são válidos por dois anos, contados a partir da sua assinatura. Ao final desse período, deverão ser revisados, a fim de incorporar os ajustes que se fizerem necessários para o seu bom funcionamento e a sua ampliação para o restante do país.
 
Fonte: www.segs.com.br/

Entidades do setor plástico apresentam coalizão para logística reversa

Ações da iniciativa privada ainda incluem compra de equipamentos para cooperativas e instalação de pontos de recebimento de resíduos em supermercados.

São Paulo, outubro de 2013 – “A Lei de Resíduos Sólidos exige que cada empresa cuide de seus resíduos de maneira individual. Dessa maneira, o acordo setorial não é obrigatório, mas aquelas empresas e entidades que aderirem terão diferencial no mercado”. Esse foi um dos principais pontos destacados por Gilmar do Amaral, assessor técnico da Abiplast (Associação Brasileira da Indústria do Plástico), em sua participação no congresso da 8ª ExpoSucata – Feira e Congresso Internacional de Negócios da Indústria de Reciclagem. A coalizão empresarial da qual a Abiplast faz parte, junto de outras 21 entidades, propõe utilizar a estrutura da logística reversa e a coleta seletiva já existente e operacionalizada por cooperativas de catadores, catadores avulsos e comerciantes de sucatas.

O plano setorial de logística reversa recomenda ações primeiramente nas cidades que serão sede da Copa do Mundo 2014. A estratégia se deve ao fato de que estes centros reúnem 38% do conglomerado urbano do país. Segundo Amaral, até 2015 o plano terá abrangência plena no Brasil. Dados da entidade indicam que, em 2012, os transformados plásticos somaram 6,6 milhões de toneladas de material plástico, 30% voltado à indústria de embalagens. Soma-se à conta 16% da construção civil, 16% de alimentos e bebidas e 15% de automóveis e autopeças. Os dados da Abiplast detectam uma grande porcentagem de transformadores de plástico de pequeno porte: 87% das 11.690 empresas tem até 49 empregados em todo país.

O assessor técnico também expôs algumas das necessidades mais urgentes da indústria recicladora, como melhoria das condições tributárias no país. “Precisamos de uma identidade tributária específica para o produto reciclado. Hoje, reciclado plástico é classificado na mesma posição da Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (TIPI) das matérias-primas virgens”. Entre outros desafios apontados, a grande quantidade de recicladores informais, o IPI elevado e a coleta seletiva precária no país. Por isso, o acordo setorial também prevê a instalação de pontos de coleta de material em supermercados e campanhas de conscientização da população.

A 8ª ExpoSucata acontece simultaneamente à 2ª Expolixo – Feira e Congresso Internacional de Negócios do Mercado de Limpeza Pública, Resíduos Urbanos e Industriais, e à 1ª RCD Expo – Feira e Congresso Internacional de Negócios do Mercado de Reciclagem de Resíduos de Construção e Demolição. O evento oferece aos visitantes um complexo de 15 mil m², onde também estão inseridas mais duas feiras: MercoApara (para o setor de papel) e Reciclaplast (para o setor de plástico). As feiras, organizadas e promovidas pela EcoBrasil, de 8 a 10 de outubro, no Centro de Exposições Imigrantes, consolidam o maior evento de resíduos sólidos na América Latina.

Serviço
8ª ExpoSucata – Feira e Congresso Internacional de Negócios da Indústria de Reciclagem 
2ª ExpoLixo – Feira e Congresso Internacional de Negócios do Mercado de Limpeza Pública, Resíduos Urbanos e Industriais
1ª RCD Expo – Feira e Congresso Internacional de Negócios do Mercado de Reciclagem de Resíduos de Construção e Demolição
Data: de 8 a 10 de outubro de 2013 
Horário: 13h às 20h
Local: Centro de Exposições Imigrantes, Rodovia dos Imigrantes, Km 1,5 – Jabaquara/SP

Sobre a ExpoSucata
Realizada desde 2006, a ExpoSucata vem refletindo o crescimento do setor ano a ano. Em 2012, cerca de 3.310 pessoas participaram do evento que ocupou 12.696 m2 da área de exposição com 84 marcas expostas. Mais informações podem ser obtidas nos sites: http://www.exposucata.com.br, http://www.expolixo.com.br, http://www.mercoapara.com.br, http://www.reciclaplast.com.br, http://www.rcdexpo.com.br ou pelo telefone (5511) 5535-6695.

Fontehttp://www.maxpressnet.com.br

Mato Grosso lidera recolhimento de embalagens de agrotóxicos

Brasília – Considerado o celeiro do país pelo grande volume de produção de grãos, o estado de Mato Grosso mantém-se também na liderança em relação ao recolhimento de embalagens de agrotóxicos utilizadas nessas culturas. Nos dois primeiros meses deste ano, os produtores, fabricantes de fertilizantes e comerciantes conseguiram garantir que 1,5 mil embalagens usadas no campo fossem devolvidas e ambientalmente tratadas.

Essa cadeia, conhecida como gestão pós-consumo, ou logística reversa, tornou-se uma obrigação para o setor em 2002. Desde que os segmentos envolvidos na cadeia conseguiram organizar um sistema para recolhimento e tratamento dessas embalagens, Mato Grosso vem apresentando os melhores resultados. Em janeiro e fevereiro do ano passado, o recolhimento já ultrapassava 1,3 mil volumes.

Atualmente, o estado é responsável por 11% de todo o material recolhido no país nesse mesmo período (quase 6 mil toneladas de embalagens).

Os produtores, fabricantes e comerciantes de Mato Grosso registram volumes duas vezes maiores do que os levantados em Goiás, por exemplo – segundo estado nesse ranking, com 702 embalagens em janeiro e fevereiro deste ano.

Mesmo com esse destaque, os fabricantes de embalagens que organizam as estatísticas preferem trabalhar com número em blocos. Segundo levantamento do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV), que representa o segmento, no topo da lista, ao lado de Mato Grosso, estão os resultados de Goiás e do Paraná (691 embalagens).

A cadeia de pós-consumo nessas três regiões respondem por 49% do total de embalagens destinadas de forma ambientalmente adequada.

A gestão pós-consumo em todo o território brasileiro, nos dois primeiros meses deste ano, totalizou 5.968 toneladas de embalagens vazias de defensivos agrícolas, ou seja, 6% a mais do que o volume recolhido e tratado adequadamente no mesmo período de 2012.

O aumento da produção agrícola no país é apontado como um dos motivos para o crescimento do volume de embalagens contabilizadas pelo sistema de logística reversa.

Representantes do inpEV garantem que esse volume crescente também mostra que o atendimento à legislação nacional tem acompanhado o incremento da atividade agrícola.

Os números do instituto apontam que 94% de tudo o que é colocado no mercado brasileiro é encaminhado para a destinação adequada.

A logística reversa de embalagens vazias de defensivos agrícolas realizada pelo Sistema Campo Limpo, que envolve a responsabilidade de todo o setor, foi destacada, há poucos dias, em uma publicação do Ministério da Agricultura, que reúne exemplos de gestão sustentável no campo.

Nos últimos dez anos, mais de 237 mil toneladas de embalagens de agrotóxicos utilizadas nas propriedades rurais brasileiras voltaram para os fabricantes que reutilizaram ou eliminaram o material, seguindo padrões ambientais definidos em lei.

Apenas no ano passado, segundo dados do inpEV, o volume de embalagens recolhidas e corretamente destinadas por agricultores, comerciantes e fabricantes superou as 37,7 mil toneladas. O balanço mostra um aumento de 9% em relação ao registro de 2011.

Fonte: http://exame.abril.com.br

Comissão aprova exigência de logística reversa para veículos

A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável aprovou proposta que inclui os veículos automotivos e seus componentes entre os produtos sujeitos à logística reversa (obrigação do fabricante de recolher o produto descartado para reaproveitamento ou outra destinação final ambientalmente adequada).

A medida altera a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/10) e está prevista no Projeto de Lei 1862/11, do deputado Décio Lima (PT-SC).

“Aplicando-se a logística reversa aos veículos automotores, a indústria automobilística terá de responder pela destinação final da sucata de seus produtos”, diz o deputado.

O relator na comissão, deputado Giovani Cherini (PDT-RS), decidiu aproveitar o projeto de Lima, que tramita apensado ao Projeto de Lei 8005/10, do Senado, por considerá-lo mais atualizado. O PL 8005/10 responsabiliza as empresas que fabricam, importam e comercializam vidros automotivos pela coleta e destinação final do produto inutilizado.

Segundo Cherini, a proposição principal foi elaborada e aprovada no Senado antes da sanção da Política Nacional de Resíduos Sólidos e, por isso, não leva em consideração a nova abordagem na gestão dos resíduos sólidos.

“Os meios legais para dar tratamento ecologicamente sustentável aos resíduos, inclusive o vidro, já estão definidos e regulamentados em nosso ordenamento jurídico”, destacou Cherini, que também considerou prejudicadas as demais proposições apensadas (PLs 2170/11 e 2696/11).

Cronograma
A comissão aprovou emenda do relator que prevê a implementação progressiva da logística reversa dos veículos, conforme cronograma estabelecido em regulamento. “A introdução da logística reversa marcou um grande avanço, sobretudo ao reconhecer que o descarte do produto pelo consumidor não é o ato final do processo”, sustentou o relator.

A Política Nacional de Resíduos Sólidos já estabelece que devem ser retornados ao fabricante, após o seu uso pelo consumidor: agrotóxicos (resíduos e embalagens); pilhas e baterias; pneus; óleos lubrificantes (resíduos e embalagens); lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista; e os produtos eletroeletrônicos e seus componentes.

Tramitação 
O projeto foi aprovado em outubro passado na Comissão de Meio Ambiente. O texto tramita com prioridade e ainda será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, antes de ser votado pelo Plenário.

Íntegra da proposta:

Reportagem – Murilo Souza 
Edição – Pierre Triboli

 Fonte: Agência Camâra Notícias

Destinação inadequada dos resíduos gera R$ 10 bilhões de desperdício por ano

O Brasil joga no lixo, a cada ano, cerca de R$ 10 bilhões por falta de reciclagem e destinação adequada de resíduos sólidos, e de uma política de logística reversa que gerencie o retorno de embalagens e outros materiais descartados de volta à indústria. É esta realidade que o Ministério do Meio Ambiente (MMA) pretende transformar com a implantação, em todo o país, da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), tema de oficina realizada no início da tarde desta quinta-feira, 30 de janeiro, último dia do II Encontro Nacional de Prefeitos e Prefeitas, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília.

Dentro da PNRS, a meta do governo federal é eliminar os lixões de todos os municípios brasileiros até o final de 2014, explicou o secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano (SRHU) do MMA, Pedro Wilson Guimarães. Os governos estaduais e municipais deverão providenciar a substituição dos lixões por aterros sanitários, pois, a partir de 2014, a liberação de recursos da União estará condicionada à existência de planos estaduais e municipais de gestão de resíduos sólidos e de saneamento básico.

De acordo com anúncio feito pela presidenta Dilma Rousseff, na segunda-feira, durante a abertura do encontro, os prefeitos terão, em 2013, R$ 35.5 bilhões para investir em obras de saneamento, pavimentação e mobilidade urbana selecionadas no final de 2012.

Desperdício

“Os lixões são um problema sério que precisa ser enfrentado por todos os gestores”, disse o analista de Infraestrutura da SRHU, Eduardo Rocha Dias Santos. Ele afirmou que os prejuízos são enormes para o meio ambiente, com queda na qualidade de vida, no bem estar e na saúde pública, além de gerar desperdícios econômicos e impactos sociais significativos. A proposta é não gerar resíduos sólidos, mas reduzir, reutilizar e reciclar, tratando e dando destinação adequada.

Santos salientou que apenas a Lei 12.305/2010, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos, não é suficiente para implantar o que se deseja. “Mas já é um começo”, admitiu. A lei define o compartilhamento de responsabilidades entre as três esferas de governo, o planejamento de ações de gestão e a implantação de infraestrutura adequada, priorizando-se a educação ambiental e a cobrança pela prestação desse serviço público com o objetivo de dar sustentação financeira à PNRS.

Fonte: http://www.ecodesenvolvimento.org

Marca de esmaltes lança coleção com sistema de logística reversa

A marca de esmaltes Maria Helena Misturinhas chega ao mercado com uma proposta ecológica. Além das cores exclusivas, a empresa oferecerá o serviço de logística reversa, em que os consumidores poderão trocar as embalagens vazias por novos esmaltes.

Ruchelle Crepaldi e Liliane Lelis, sócias da manicure e idealizadora do projeto Maria Helena, cuidam para que embalagem e composição tenham máxima qualidade. “Posso afirmar que apresentamos um produto diferente de tudo que existe no mercado nacional”, conta Ruchelle.

Além do produto em si, o grande diferencial da marca é que as embalagens são retornáveis. A preocupação com os recipientes usados faz parte do plano de logística reversa da empresa que, além de dar a destinação correta ao conteúdo que fica no final do vidro, também oferece aos seus consumidores uma redução no custo dos produtos.

Os clientes que juntarem cinco embalagens vazias podem ir até algum ponto de venda e trocar por um produto novo. Os vidros e tampas passam por um processo de limpeza de resíduos e são reaproveitados, o pincel é trocado. “Queremos nos antecipar aos projetos de lei que tramitam na Câmara dos Deputados, mas, independente da resolução, a consciência de cidadania é que dirige nossa empresa” ressalta Liliane. “A Maria Helena quer fazer esmaltes com histórias e deixar marcas na história de recicláveis” completa Ruchelle.

Os esmaltes Maria Helena são finos, secam rapidamente e tem ótima durabilidade. Com o selo Tox Free, são livres de DBP, tolueno e formoldeído, substituídos por resina natural. Pessoas com sensibilidade podem usar sem restrições. 

Fonte:http://www.ciclovivo.com.br

Logística Reversa: O que é, pensamos em que.

Quando falamos em logística imaginamos um fluxo de produtos, desde o momento em que é gerada a necessidade de atendimento de um produto até sua entrega ao cliente que estará aguardando a sua chegada. Mas é importante ressaltar que existe um fluxo reverso, do ponto de consumo até o ponto onde este produto teve seu início de produção. Este fluxo reverso precisa ser gerenciado para obtenção de ganhos expressivos nos negócios.

Ainda falamos poucos sobre logística reversa, porém este assunto está se tornando cada vez mais comum em boa parte das empresas. Podemos usar como exemplo as empresas de gás de cozinha, que necessitam do botijão vazio para fazer o reabastecimento. Os clientes que necessitam comprar um novo botijão abastecido tem que entregar o vazio, pagando somente o valor do gás. Nas grandes cidades as empresas que vendem água em galões de 20 litros adotam o mesmo critério.

Ouvimos muito nos dias de hoje a palavra reciclagem, o Brasil é o segundo maior em reciclagem de latas de alumínio. É notável no seu grande aproveitamento de matéria-prima reciclada, tendo desenvolvido meios inovadores na coleta de latas descartadas. Com o índice de 96,2% na reciclagem de latas de alumínio para bebidas em 2005, o país se manteve pelo quinto ano consecutivo na liderança do ranking mundial dessa atividade. Segundo dados divulgados pela Abralatas e pela ABAL ( Associação Brasileira do Alumínio ), o Brasil atingiu a marca de 127,6 mil toneladas de latas de alumínio recicladas em 2005. São aproximadamente 9,4 bilhões de latas no ano ou 2,6 milhões de latas recicladas diariamente. Este número expressivo é proveniente da necessidade que muitas pessoas tem, fazendo da reciclagem uma fonte de renda familiar.

Para Stock 1998 “Logística reversa se refere ao papel da logística no retorno de produtos, redução da fonte, reciclagem, substituição de materiais, reuso de materiais, disposição dos resíduos, disposição de resíduos, reforma, reparação e remanufatura…”

Na da indústria onde o processo de gerenciamento da logística reversa é mais recente, destacamos as indústrias de eletrônicos, cosméticos, varejo e automobilística, que conseguem ganhos expressivos evitando desperdícios. Estes setores também têm que lidar com o fluxo de retorno de embalagens e produtos, de devoluções de clientes ou do reaproveitamento de materiais para produção.

Com a preocupação em preservar o meio ambiente, existe uma clara tendência de que a legislação ambiental caminhe no sentido de tornar as empresas cada vez mais responsáveis pelo ciclo de vida de seus produtos. Isto significa ser legalmente responsável pelo seu destino após a entrega dos produtos aos clientes e do impacto que estes produzem no meio ambiente.

Os fornecedores acreditam que os clientes valorizam as empresas que possuem políticas mais liberais de retorno de produtos. Esta é uma vantagem percebida onde os fornecedores ou varejistas assumem os riscos pela existência de produtos danificados. Isto envolve, é claro, uma estrutura para recebimento, classificação e expedição de produtos retornados.

Além disto, os esforços em desenvolvimento e melhorias nos processos de logística reversa podem produzir também retornos consideráveis, que justificam os investimentos realizados.

Por traz do conceito de logística reversa está um conceito mais amplo que é o do “ciclo de vida”. A vida de um produto, do ponto de vista logístico, não termina com sua entrega ao cliente. Produtos se tornam obsoletos, danificados, ou não funcionam e deve retornar ao seu ponto de origem para serem adequadamente descartados, reparados ou reaproveitados.

Do ponto de vista financeiro, fica evidente que além dos custos de compra de matéria-prima, de produção, de armazenagem e estocagem, o ciclo de vida de um produto inclui também outros custos que estão relacionados a todo o gerenciamento do seu fluxo reverso. Do ponto de vista ambiental, esta é uma forma de avaliar qual o impacto que um produto sobre o meio ambiente durante toda a sua vida. Esta abordagem sistêmica é fundamental para planejar a utilização dos recursos logísticos de forma contemplar todas as etapas do ciclo de vida dos produtos.

Por:

Ewerton Ribeiro de Jesus, aluno do curso Sup. Téc. Logística 2º Semestre. UMC
Thalison Zaghi Chagas, aluno do curso Sup. Téc. Logística 2º Semestre. UMC
José Valdinar Bezerra, aluno do curso Sup. Téc. Logística 2º Semestre. UMC

Fonte: Administradores.com

Como é importante a utilização da logistica reversa nos dias atuais

O ciclo dos produtos na cadeia comercial não termina quando, após serem usados pelos consumidores, são descartados. Há muito se fala em reciclagem e reaproveitamento dos materiais utilizados. Esta questão se tornou foco no meio empresarial, e vários fatores cada vez mais as destacam, estimulando a responsabilidade da empresa sobre o fim da vida de seu produto.

Numa visão ecológica, as empresas pensam com seriedade em um cliente preocupado com seus descartes, sendo estes sempre vistos como uma agressão à natureza. Desta forma surge uma Logística Verde baseada nos conceitos da Logística Reversa do Pós-consumo.

Numa visão estratégica, a preocupação fica por conta do aumento da confiança do cliente, com políticas de Logística Reversa do Pós-venda ou Administração de Devoluções. Desta forma a empresa se responsabiliza pela troca imediata do produto, logo após a venda.

Outro foco dado à logística reversa é o reaproveitamento e remoção de refugo, feito logo após o processo produtivo. O ciclo dos produtos na cadeia comercial não termina quando, após serem usados pelos consumidores, são descartados. Há muito se fala em reciclagem e reaproveitamento dos materiais utilizados. Esta questão se tornou foco no meio empresarial, e vários fatores cada vez mais as destacam, estimulando a responsabilidade da empresa sobre o fim da vida de seu produto.

Numa visão ecológica, as empresas pensam com seriedade em um cliente preocupado com seus descartes, sendo estes sempre vistos como uma agressão à natureza. Desta forma surge uma Logística Verde baseada nos conceitos da Logística Reversa do Pós-consumo.

Numa visão estratégica, a preocupação fica por conta do aumento da confiança do cliente, com políticas de Logística Reversa do Pós-venda ou Administração de Devoluções. Desta forma a empresa se responsabiliza pele troca imediata do produto, logo após a venda.

Outro foco dado à logística reversa é o reaproveitamento e remoção de refugo, feito logo após o processo produtivo.

Logística Reversa pode ser classificada como sendo apenas uma versão contrária da Logística como a conhecemos. O fato é que um planejamento reverso utiliza os mesmos processos que um planejamento convencional. Ambos tratam de nível de serviço, armazenagem, transporte, nível de estoque, fluxo de materiais e sistema de informação. No entanto a Logística Reversa deve ser vista como um novo recurso para a lucratividade.

Principais razões que levam as empresas a atuarem em Logística Reversa

1) Legislação Ambiental que força as empresas a retornarem seus produtos e cuidar do tratamento necessário;

2) Benefícios econômicos do uso de produtos que retornam ao processo de produção, ao invés dos altos custos do correto descarte do lixo;

3) A crescente conscientização ambiental dos consumidores;

4) Razões competitivas – Diferenciação por serviço;

5) Limpeza do canal de distribuição;

6) Proteção de Margem de Lucro;

7) Recaptura de valor e recuperação de ativos.

Logística pós-consumo:

É de preocupação com o meio-ambiente, pois ele tem consciência dos danos que dejetos podem causar em um futuro próximo. A falta de aterros sanitários e o constante aumento de emissões de poluentes, inclusive nos países mais desenvolvidos, gera polemicas discussões em âmbito mundial. Esta preocupação se reflete nas empresas e industrias, que são responsabilizadas pelo aumento destes resíduos. E é pensando, nestes fatores que surgem políticas de processos que contribuam para um desenvolvimento sustentável. A Logística Reversa de pós-consumo vem trazendo o conceito de se administrar não somente a entrega do produto ao cliente, mas também o seu retorno, direcionando-o para ser descartado ou reutilizado.

Logística pós-venda:

O ciclo de vida do produto não termina mais ao chegar no consumidor final. Parte dos produtos necessita retornar aos fornecedores por razões comerciais, garantias dadas pelos fabricantes, erros no processamento de pedidos e falhas de funcionamento.

Tem-se um Código do Consumidor bastante rigoroso que permite ao consumidor desistir e retornar sua compra num prazo de sete dias. Várias empresas, por razões competitivas, estão adotando políticas mais liberais de devolução de produtos.

Empresas que não possuem um fluxo logístico reverso perdem clientes por não possuírem uma solução eficiente para lidar com pedidos de devolução e substituição de produtos. A ação de preparar a empresa para atender estas exigências minimiza futuros desgastes com clientes ou parceiros. A logística reversa de pós-venda segue o propósito da criação deste determinado setor, agregando valor ao produto e garantindo um diferencial competitivo. A confiança entre os dois extremos da cadeia de distribuição pode se tornar o ponto chave para a próxima venda.

Logística Reversa no PRM:

A Logística Reversa entra nas empresas fazendo parte das operações de gerenciamento que compõem o fluxo reverso conhecido por PRM – Product Recovery Management, ou administração da recuperação de produtos. O objetivo do RPM é obter o mais alto nível da recuperação do produto, tanto nas questões ecológica, componentes e materiais. O nível em que estes produtos podem ser recuperados são: nível de produto módulo, partes e material. As principais áreas de atuação do sistema PRM são:

Tecnologia, Marketing, Informação, Organização, Finanças, Logística Reversa e Administração de Operações. À logística cabe o fluxo reverso para a recuperação destes produtos.

Empresas escolhem diferentes opções de recuperação de produtos, portanto o sistema de logística reversa deve ser estabelecido de acordo com as opções de PRM utilizadas. O bom funcionamento da Logística Reversa implica na qualidade do funcionamento do PRM.

O crescimento da posição da Logística Reversa na empresa é recente. A implementação deste sistema reflete em vantagens competitivas para as empresas, ao

nível de menores custos e melhoria de serviço ao consumidor. Uma integração da cadeia de suprimentos também é necessária. O fluxo reverso de produtos deverá ser considerado na coordenação logística entre as empresas. Juntamente às vantagens competitivas está a questão ecológica da Logística Reversa. Quando a empresa investe neste setor ela garante bons resultados para o futuro, tanto para si como para todos.

Material pesquisado:

DAHER, Cecílio E., SILVA, Edwin P. S., FONSECA, Adelaida P..Logística Reversa:

Oportunidade para Redução de Custos Através do Gerenciamento da Cadeia

Integrada de Valor.

ERTHAL, Jacir A..Indicadores para Avaliação Física do Produto. Florianópolis, 2003

Por: Admilson da Silva Natario Junior

Fonte: Administradores.com.br

Estudo traça viabilidade econômica da logística reversa no descarte de medicamentos

São Paulo – Os resultados parciais do estudo de viabilidade técnica e econômica para a implementação da logística reversa de medicamentos (devolução dos restos de remédios em pontos de coleta para a destinação apropriada), elaborado pelo Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), foram apresentados hoje (22) na capital paulista.

Os dados mostrados durante o seminário “Resíduos de Medicamentos: oportunidades e parceiras”, promovido pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (Abdi), em parceira com a Agência Nacional de Vigilância Santiária (Anvisa), apontam soluções para problemas sociais e ambientais ocasionados pelo descarte incorreto de medicamentos vencidos ou não utilizados.

Segundo Célio Hiratuka, professor da Unicamp responsável pela pesquisa, esses resíduos, quando oriundos de domicílios, são habitualmente despejados na rede de esgoto e no lixo comum. “ Isso causa envenenamento acidental de crianças e adultos, abuso intencional [do uso dos remédios] e contaminação da água”, disse.

A logística reversa, já prevista no Decreto nº 7.404/2010, é uma forma de viabilizar a destinação mais correta aos remédios. O programa sugerido pela Unicamp incluiria a criação de uma entidade gestora nacional, sem fins lucrativos, com o papel de repassar recursos e realizar campanhas publicitárias. A execução do programa, que depende de um conhecimento maior das especificidades regionais brasileiras, ficaria a cargo de operadores regionais.

Segundo Hiratuka, o financiamento desse programa seria feito pela indústria farmacêutica, formada por fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes. A entrega dos restos de medicamentos ocorreria nas farmácias, que funcionariam como pontos de coleta. De lá, os resíduos seguiriam para uma destinação ainda não definida. “Existem três alternativas: a incineração, o aterro industrial e o coprocessamento”, informou o professor.

De acordo com as projeções do estudo, o Brasil precisaria coletar 12,6 mil toneladas de resíduos ao ano, em 42,1 mil farmácias espalhadas pelo país. O programa teria uma estratégia de implementação progressiva, priorizando inicialmente as 285 cidades brasileiras com mais de 100 mil habitantes. Elas representam 52% dos municípios brasileiros e somam 6,7 mil toneladas de medicamentos descartados ao ano. Pela meta da implementação progressiva, as cidades com mais de 100 mil habitantes precisariam chegar a 100% de coleta até 2017.

Hiratuka explicou que os parâmetros foram baseados em experiências internacionais, como da União Europeia, que tem esse sistema desde 2004. Outros países encontraram alternativas diferentes no recolhimento dos restos de remédios, como o envio dos resíduos por correio ou o recolhimento em datas regulares. Porém, na opinião do professor, é preciso que, no Brasil, seja estabelecido um marco regulatório e institucional para a logística reversa de remédios. “O objetivo [do estudo] é balizar a discussão do acordo setorial”, disse Hiratuka.

De acordo com Silvano Silvério da Costa, secretário de Ambiente Urbano da Secretaria de Recursos Hídricos do Ministério do Meio Ambiente, o acordo setorial, que faz parte da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) deverá ser assinado no próximo ano. “A logística reversa deve ser implementada até o final de 2013”, declarou. Ele disse que aprova a proposta apresentada hoje durante o seminário para estabelecer os parâmetros da logística reversa. “Achei adequada para o país e coerente”, definiu o secretário.

Fonte: correiodobrasil.com.br